17/03/2011 19:38

EUA cogitam ir além de 'exclusão aérea' na Líbia, afirma embaixadora

 

EUA cogitam ir além de 'exclusão aérea' na Líbia,

 

 

afirma embaixadora

 

Governo americano fala em medida 'mais dura'.
Novos confrontos nesta quinta-feira (17) mataram ao menos 30, diz TV.

Da Reuters

Tropas do governo líbio enfrentaram insurgentes nesta quinta-feira (17) na estrada que leva a Benghazi, principal reduto dos rebeldes, enquanto os Estados Unidos estudam a possibilidade de realizar bombardeios para conter as forças de Muammar Kadhafi.

Os Estados Unidos, anteriormente relutantes à ideia de uma intervenção militar, disseram que o Conselho de Segurança da ONU deveria considerar a adoção de medidas mais duras do que a imposição de uma zona de exclusão aérea na Líbia.

'Estamos discutindo muito seriamente e comandando os esforços no Conselho a respeito de uma gama de ações que acreditamos ser eficazes para proteger os civis', disse a embaixadora dos EUA na ONU, Susan Rice, na noite de quarta-feira em Nova York. 'A visão dos EUA é que precisamos estar preparados para contemplar os passos que incluem uma zona de exclusão aérea, talvez indo além dela', afirmou.

Disparos e explosões
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

               Osconfrontos em torno de Ajdabiyah, uma cidade estratégica na rodovia litorânea, contiveram o avanço do Exército rumo a Benghazi, mas os militares alertaram aos cidadãos que pretendem avançar para a cidade, e recomendaram aos moradores que deixem as áreas controladas pelos rebeldes.Mas o debate internacional sobre eventuais ações militares pode se arrastar, dando a Kadhafii tempo para dominar a rebelião, que já dura cerca de um mês.Nesta quinta-feira (17), o exército líbio anunciou que, a partir de domingo, supenderá suas operações militares contra a insurreição para que "os terroristas possam entregar suas armas'.

A TV estatal líbia disse que disparos e explosões foram ouvidos no aeroporto próximo a Benghazi. Se confirmado, seria o primeiro combate nos arredores da cidade onde a revolução começou, e um sinal do sucesso da contraofensiva governista.

A TV Al Arabiya disse que cerca de 30 pessoas já foram mortas nos combates em Ajdabiyah. Nos arredores da cidade, há carros queimados nos acostamentos, e as forças do governo exibem à imprensa estrangeira os seus canhões, tanques e lançadores móveis de foguetes -- um poderio bélico muito superior ao que é usado pelos rebeldes.

A TV estatal informou que as forças do governo capturaram também Misrata, terceira maior cidade líbia, 200 quilômetros a leste de Trípoli. Rebeldes e moradores, no entanto, negaram a afirmação.

Washington inicialmente reagiu com cautela à proposta da Liga Árabe e de governos europeus pela imposição da zona de exclusão aérea, pois alguns funcionários norte-americanos temiam que essa medida fosse militarmente ineficaz e politicamente nociva.

Diplomatas na ONU disseram que a exclusão aérea e outras ações militares -- como bombardeios para proteger áreas civis -- agora têm apoio dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, e França.

A secretária de Estado Hillary Clinton disse esperar que o Conselho vote a medida 'até no máximo quinta-feira'. Ela afirmou que Kadhafi parece determinado a matar o máximo de líbios que conseguir, e que 'muitas ações diferentes' estavam sendo consideradas.

Rússia, China (ambas com poder de veto), Alemanha e Índia, entre outros membros do Conselho, se mostram indecisos ou contrários à imposição da zona de exclusão aérea. A Itália, possível base para essa operação, é contra qualquer intervenção militar na Líbia.

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